Domingo, 23 de Junho de 2013
No quarto ao lado o filho pequeno acorda às 07h50. Levanto-me e ao pôr os pés nos chão, cai-me uma quantidade considerável de líquido pelas pernas abaixo.
Vou à casa de banho e tenho as cuecas encharcadas e ensanguentadas. Acordo o marido e digo que rebentou a bolsa e por isso vamos ter de ir para o hospital. Ligo aos meus pais para virem para ficarem com os miúdos. Tomei banho, confiro as malas e saímos.
Chego ao hospital e verifica-se que a bolsa tem uma rutura e por isso dali já não podia sair. Não tinha contrações, nem qualquer dilatação e pensei para mim que perante este cenário todo, iria ter um parto longo e demorado e isso deixou-me muito ansiosa.
Às 10h30 ligam-me a soro e ao medicamento para ajudar a amolecer o colo. Não sei precisar no tempo, mas as contrações chegaram rápido e bastante intensas. Disse à enfermeira que queria levar a epidural, mas que a chamava quando realmente já não conseguisse suportar a dor.
Essa dor medonha veio e já toda eu tremia. Tinha chegado aos [cinco] dedos de dilatação. Levei a epidural neste momento e pela primeira vez no meu historial de partos esta bendita anestesia fez efeito.
Mais uma vez não sei precisar que horas eram, mas chegar aos [nove] dedos de dilatação foi um ápice. Eu já dizia que tinha vontade de fazer força. O bebé desceu muito bem e até as enfermeiras se admiraram. Segui as instruções da enfermeira em controlar ou não a força que deveria fazer e talvez também devido a isso, pari sem levar um único ponto.
Às 14h08 nasce o A. O meu pedacinho de gente com 3,160 Kg e 49 cm. O mais leve e pequeno dos meus [três] amores. A cara do irmão mais velho. E como não poderia deixar de ser, com os meus dedos dos pés.
Os meus [três] filhos têm os meus pés.